quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A Toalha

Minha mulher sempre reclama da toalha na cama, eu sou muito desligado mesmo, mas sempre acho que tinha pendurado ela no varal ou pelo menos levado de volta ao banheiro. De tanto escutar reclamação da mulher resolvi tomar uma atitude e acabar de vez com isso... não, não parei de tomar banho! Apenas passei a prestar atenção na maldita toalha.

Pois, então, tomada este atitude, saí do banho fui pro quarto e quando terminei de me vestir reparei na toalha na cama, então peguei a dita botei por cima do ombro e lá fui eu para o varal onde estiquei a toalha. Então fui tomar conta da minha vida, ver TV mexer um pouquinho no computador e sei lá mais o que. Quando voltei para o quarto reparei que na cama já meio molhada estava a toalha! Ora! Mas eu não tinha levado ela para o varal? Pois então... bem pode ser que não. Peguei a toalha e desta vez coloquei ela no banheiro, por preguiça de ir ao varal.

Escuto um barulho na porta e percebo que é minha esposa chegando, nos cumprimentamos e daqui a pouco escuto lá do quarto – Aaamooooorrr! Você esqueceu a toalha na cama outra vez!?!

Heim? Esqueci? Ué? Eu tinha colocado ela no banheiro. – Claro que ela não acredita em mim e fica resmungando comigo. Vou ao quarto e lá está a maldita toalha esparramada na cama, começo a pensar será que estou ficando doido? Ora, mas eu tenho certeza... bem, pode ser que não, afinal eu vivo me esquecendo mesmo.

Pego a toalha e levo para o varal. Penduro com todo cuidado, como está uma tarde agradável pego uma cerveja e volto para o quintal, ajeito minha cadeira de praia e fico ali, tomando minha cerveja e olhando a toalha. Lógico que minha cerveja não durou muito e fui pegar mais uma, voltei e adivinha o que vejo? Alias, o que não vejo! Cadê a toalha? Putz, já começo a ficar com medo, mas espera aí. Deve ser a minha mulher querendo me pregar uma peça, vou procurar ela. Acho ela na janela de papo com a vizinha, como ela poderia pegar a toalha sem eu ver? Eu só fui até a geladeira, para chegar no varal ela teria que passar por mim. De qualquer maneira perguntei a ela se ela havia pegado a toalha e claro que ela responde não, sem nem me dar muita atenção.

Nossa! Isso está muito esquisito, fui até o quarto e ...! De novo! Lá está a toalha! Cacete! Agora já é demais, fiquei ali parado olhando a maldita em cima da cama, admito que desta vez gelei. Fiquei até com medo de pegar a toalha, mas fiz isso e levei para o varal, voltei direto pro quarto correndo e... lá, de novo a maldita, espalhada na cama. Isso não tem lógica! Como pode? Não daria tempo de alguém pegar a toalha do varal e levar pro quarto do outro lado da casa mais rápido do que eu. Fiz de novo e de novo, cheguei a cansar de tanto correr e sempre o resultado era o mesmo! A toalha aparecia como que por mágica na cama.

Nessa hora aparece minha mulher, olha pra cama e vê a toalha. Briga comigo de novo pega a toalha fula da vida e leva pro varal. Eu rindo dela, vou pro quarto e... surpresa a toalha não está no quarto! Putz! Como assim? Vou até o varal é lá está a toalha penduradinha!

Isso foi impressionante! Fiz mais alguns testes e cheguei a seguinte conclusão: Apenas as mulheres têm o poder de tirar a toalha da cama! E nunca mais tentei fazer isso, até por medo mesmo.

domingo, 27 de julho de 2008

Antecipação da Batalha


Sempre tive mais medo da antecipação do que do conflito em si. Toda a angústia e medo que se tem na trincheira, os sons e o cheiro da noite antecedendo o dia da luta. Isso sim é medo!

Nada pior que o medo imaginado, a imaginação humana é muito criativa, sempre se pode pensar no pior, mesmo quando algo ruim está por vir, à certeza deste castigo quase divino que antecede a realidade é algo muito mais aflitivo que a realidade em si. Amanhã encontrarei meus amigos no campo de batalha a luta será dura, mas sei que iremos sobreviver e tomaremos uns tragos falando das batalhas travadas. Isto sim é coragem! Viver todos os dias para enfrentar a morte no dia a dia. Sim, esta maldita antecipação da luta é muito mais cruel que a luta.

Amanhã é segunda-feira, de todos os dias odiosos o domingo é sempre o pior. Fico o domingo todo pensando na maldita segunda-feira. Amanhã a guerra recomeça. É impressionante o significado do trabalho, impressionante, mas não surpreendente o fato da palavra trabalho ter origem em castigo ou mesmo tortura. A palavra trabalho tem origem em um instrumento de tortura chamado tripaliu. Este instrumento era usado para castigar quem não tinha dinheiro para pagar impostos e só muito tempo depois é que a palavra trabalho começou a ser usada no sentido que conhecemos.

Hoje vou escrever pouco, pois amanhã tenho que acordar cedo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Cadê o HAL?

Alguém lembra do HAL 9000? Aquele computador de “2001 uma odisséia no espaço”, do título em português. Pois então, cadê ele? Se eu não me engano já estamos passando de 2008 e até agora nada do HAL. Para quem não lembra o nome HAL vem de IBM, cada letra de HAL antecede cada letra da sigla IBM, se eu não me engano a IBM patrocinou parte do filme e naqueles tempos ninguém pensava em processamento distribuído e muito menos em computadores pessoais. A aposta não só da IBM, mas de todos, ou quase todos, os seus concorrentes era a centralização do poder computacional, a ponto de se acreditar que no futuro poucos computadores seriam suficientes para toda a humanidade. Nada mais errado como sabemos hoje.

Mas ao mesmo tempo aquela maravilha que era o HAL, um computador realmente pensante, autoconsciente, que dentre outras coisas tinha senso de humor. Tudo bem, ele matou todo mundo que estava na nave, mas isso foi culpa dos políticos por mandarem ele mentir. O coitado não sabia mentir e saiu matando a galera. Devemos lembrar, ao contrário do que se pensa mentir é algo inteligente, as crianças só começam a mentir a partir dos cinco anos e é claro o cientista criador do HAL não queria nele uma falha de caráter como a mentira. Tudo por causa desta moral platônico-cristã que vivemos hoje e nos ensina o que é feio ou bonito e ai temos essa idiossincrasia, de que o HAL não poderia mentir e acaba pirando e passando a régua nos astronautas do filme.

Tudo bem, tirando essa parte seria ótimo ter um braço direito como o HAL. Seria uma quase utopia, pelo menos enquanto ele não tentasse dominar o mundo. Não podemos nos esquecer também do Proteus de outro filme contemporâneo do HAL. Neste filme, no entanto o tal do Proteus (que tinha disquetes de oito polegadas!) acaba se revoltando mesmo! Ao contrário do HAL, em que a culpa das mortes foi dos políticos, o Proteus queria existir como o seu criador e acaba bolando um plano para fugir do seu gabinete. Ele pega a mulher do cientista (seu criador) e a insemina para ter um híbrido de máquina com humano. Coisa dos anos setenta estávamos a três décadas do politicamente correto.

Mas voltando ao HAL podemos perceber como muito do que foi prometido pela informática acabou em absolutamente nada. A inteligência artificial é até hoje incipiente. Nem reconhecimento de voz temos! A melhor tentativa foi da própria IBM com o Via Voicer e até onde sei foi descontinuado. O mesmo vale para o reconhecimento de escrita que teve na Palm com e seu Grafitti a melhor tentativa. Temos sim mais poder de processamento, mais resolução, mais velocidade e só. Desde a década de noventa nada realmente novo acontece.

Temos novidades, mas não o “novo”! Como aconteceu com a Apple e mais tarde com a internet e... só. O windows só é mais bonito, mas mesmo assim ele não acompanhou a evolução do hardware. A informática para quem é profissional da área é cada vez mais burocrática quase O&M. Perdemos muito com a homogeneização do software, isso de vivermos um mundo monoplataforma tirou boa parte da graça, da descoberta, da invenção. Ganhamos por um lado, mas perdemos muito também e acho que a maior perda foi o HAL. Sim, pois hoje não se pensa mais em interfaces inovadoras como seria o próprio HAL. Ao invés de mouse e teclado, seria uma conversa normal, bastaria pedir para ele o que se quer e pronto. Até existem iniciativas como estas, mas são recentes e até onde sei, tem muito pouco apoio da industria em geral. São tentativas isoladas e normalmente localizadas no meio acadêmico e simplesmente não funcionam. O próprio Via Voicer usava um algoritmo probabilístico ao invés de inteligência artificial.

A verdade é que essa interface clique-arraste ainda é predominante e sinceramente eu esperava mais. Afinal estamos em 2008! Nada de HAL, nada de carro voador, nada de colonização da lua, nada de dobra espacial! Daqui a pouco termina a primeira década do milênio e aquele futuro fantástico, dos filmes, continua apenas na ficção. Com exceção do derretimento das calotas polares, do fim da camada de ozônio, do desmatamento das florestas, todo resto ficou na ficção.


terça-feira, 24 de junho de 2008

Amigos Virtuais

Interessante o poder da Internet em unir pessoas com objetivos comuns. Até pouco tempo eu era bem cético em relação a amizades virtuais. Sempre participei de listas, no começo por causa do meu trabalho e depois fui encontrando listas de discussão de um determinado assunto que me interessava e fui entrando em várias delas. Com o tempo algumas foram abandonadas e outras visito até hoje, acabei até virando moderador de uma lista enorme sobre LPI (uma certificação para Linux), mas sou um moderador absurdamente omisso e tem tanto tempo que não visito esta lista que nem sei se ela ainda existe.

Já ajudei e fui ajudado por muitas pessoas que nunca vi pessoalmente e devo dizer que algumas destas pessoas acabaram até por virar amigos mesmo. Isso é impressionante, ser amigo de alguém que na verdade não é nem conhecido. Devemos levar em conta que na Internet todos de uma forma ou de outra são anônimos. Afinal como saber se a pessoa com a qual você está conversando há algumas horas é realmente quem ela diz ser? Você acaba virando amigo de um avatar, alguém que até te ajuda é prestativo, mas que é um desconhecido.

O mais engraçado disso é que na verdade não faz diferença, conhecer virtualmente acaba sendo uma troca, pois ambos os lados sabem, mesmo que subconscientemente, o quão desconhecido é um do outro, por ser uma troca ambas as partes aceitam o desconhecimento e esse desconhecimento acaba por ser o que menos importa.

Claro que nem sempre é assim. Já tive a oportunidade de encontrar alguns destes amigos virtuais e entendam que, por serem virtuais não quer dizer que sejam menos amigos, apenas o meio foi diferente, mas isso como eu disse é o que menos importa. Pois bem, recentemente encontrei um amigo de um fórum sobre aeromodelismo - isso mesmo, minha grande paixão são essas máquinas voadoras. Tudo começou quando perguntei sobre vôo de planador, pois eu queria saber onde voar e quanto seria. Este amigo simplesmente ofereceu um vôo de ultraleve e nem quis saber de rachar combustível nem nada, fez apenas por fazer. Fez algo para alguém conhecido apenas do fórum, no caso eu e o fez apenas por boa vontade.

Por essas e por outras às vezes ainda acho que a humanidade pode ter salvação. Fiz um vôo maravilhoso, conheci pessoas educadas e de boa vontade e ainda conheci o aeroclube de Maricá. Tudo de uma vez só.

Só me resta agradecer ao “Paulão” que tornou esse vôo possível. Muito obrigado pelo vôo.





segunda-feira, 9 de junho de 2008

Posso ficar em casa?

Esse negócio de viver entre eras às vezes é muito chato. Todos falam em revolução, em meios de comunicação mais rápidos, etc. Por que eu ainda tenho que enfrentar um trânsito cada vez mais caótico, perder em média três horas do meu dia em deslocamento se eu poderia ficar em casa?

Trabalho em uma empresa muito grande (grande mesmo!) além da sede da empresa, um prédio enorme, ela tem vários outros prédios alugados apenas para enfurnar em baias pessoas como eu. Pessoas que tem que enfrentar trânsito, deslocamento incômodo todos os dias e que já chegam em seus trabalhos estressadas. A empresa tem que manter uma infra-estrutura cara, complexa, dispendiosa e ainda me faz sair de casa! Onde eu tenho um computador vinte vezes melhor que o do meu trabalho e onde eu ficaria confortável e conseqüentemente produziria mais.

Será que essas criaturas que mandam na minha vida não percebem que se eu ficar feliz vou fazer mais coisas em menos tempo? Que se eu estiver em casa, o que eu faria em três horas passo a fazer em uma.

Já tive a oportunidade de trabalhar em casa e com toda certeza minha produtividade mais que dobra. Fico com tempo livre, não ocupo e nem gasto recursos da empresa em que trabalho. Bom para todas as partes. Estamos em 2008! Qual a dificuldade em usar a tecnologia que temos a nossa disposição? Hoje nesta segunda-feira de sol lindo, fui obrigado a usar uma roupa quente que é basicamente uma fantasia para que eu esteja condizente com o ambiente de trabalho. Não poderia eu ter ido a praia? E depois lá pelas seis eu trabalhava até umas dez, com certeza eu teria feito mais do que estando aqui, neste cubículo em que não posso nem abrir uma janela.

Sou fã incondicional de Domenico Di Mazi e ainda lembro, por volta de 98 era moda ler os livros dele, como hoje é moda ler aquelas porcarias do Dom Brown. O que será que aconteceu? Acho que esse pessoal lê só por que é moda e depois esquece tudo, serve só para, naquele momento ter o que falar na hora do almoço e não parecer burro.

E eu acabo tendo que sair de casa, pegar trânsito, me atrasar e ficar estressado! Que coisa mais idiota! Deixe-me ficar em casa! Vou trabalhar muito mais, com alegria até.

O que me deixa ainda mais triste é ver Os Jetsons, eles estão mil anos no futuro (ou algo assim) e George ainda sai de casa para trabalhar!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Os Dentes da Galinha

Para quem gosta de uma boa leitura recomendo este livro: Os Dentes da Galinha. Um livro de fácil leitura, muito bem escrito e informativo. Fala sobre vários aspectos da evolução, fazendo várias comparações entre espécies, incluindo a humana.

E ainda está baratinho, dando uma volta pelo Google o achei até por R$5,60! Uma verdadeira pechincha!

domingo, 25 de maio de 2008

A Voz do Povo

Se a voz do povo é a voz de Deus, Deus deve ser muito ignorante ou louco mesmo! Prefiro quem diz... Toda a unanimidade é burra (Nelson Rodrigues, mais frases dele aqui. Viva o Google!), muito mais condizente com nossa realidade.

Como ficamos tão sem educação assim? E ao mesmo tempo, como pode o jogo do Flamengo ou quem matou fulano na novela das oito (quando foi que a novela das oito começou às oito?) ser tão importante. Sei não. Acho que estamos perdidos mesmo. Noutro dia vendo aquelas vinhetas do Natgeo, fiquei sabendo que nascem 130 milhões de pessoas todos os anos! Não sei quantas morrem, mas deve ser bem menos do que esses 130 milhões, ou seja, a cada ano a raça humana deve emburrecer uns 100 milhões. Acho que o grande problema do mundo é esse, gente demais.

O mundo esta lotado, embora muitos afirmem que ainda tem muito espaço, suspeito que esse espaço deve ser meio apertado, Saint-Exupéry dizia - se à humanidade fosse toda colocada de pé, como que para um comício, ela caberia toda em uma das menores ilhas do pacífico - desconfio que, hoje ele estaria errado e convenhamos, não gosto de viver apertado.

Hoje brigamos por petróleo, o que já acho uma grande estupidez; imagina quando começarmos a brigar por água? E pior! A guerra vai ser aqui! Bem aqui, nesta nação corrupta, fraca e alienada. Não teremos nenhuma chance! Quando falarem que os terroristas, agora estão se escondendo na Amazônia! Vamos acabar entregando de bandeja nossa maior riqueza!

Como amo aquele ideal utópico de Jornada nas Estrelas, as pessoas têm consciência da preservação, estudam e desenvolvem suas aptidões. Trabalham não por dinheiro, mas por amor ao que fazem. Não existe fome, guerra entre humanos, todos tem saúde, estudam... Tudo perfeito. Pena não terem levado em consideração a natureza humana, ao criarem essa bela utopia espacial.

Queria ter uma máquina do tempo para ver o que vai substituir a humanidade, com sorte algum tipo de híbrido entre humanos e máquinas, mas acho que não teremos essa sorte. O Homem vai acabar se destruindo mesmo e talvez nunca mais exista neste mundo raça capaz de autoconsciência, pois a inteligência pode não ser algo inerente da natureza. Pode ter sido apenas um acaso da evolução. Uma vez li em algum lugar: A inteligência humana é como o rabo do pavão, foi exagerada para agradar as fêmeas. Mas caso exista alguma nova raça inteligente, eu gostaria muito de vê-la. Será a inteligência inerentemente burra e essa nova raça de “baratas” super inteligentes, não acabem por se autodestruir também?

Isso sim seria a suprema piada da vida. Quase como uma maldição, mas como eu saberia disso, só tenho eu mesmo como régua do universo. Gostaria muito de ter esperança na humanidade, mas vejo cada vez mais que a inteligência acabou nos fazendo muito burros enquanto espécie. Individualmente somos capazes de maravilhas, mas não conseguimos pensar como espécie e enxergamos apenas o próprio umbigo.

Mas qual foi mesmo o resultado do jogo do Flamengo? Perdeu né? Então estou feliz, não moro na Amazônia mesmo! E daí a humanidade, vou morrer antes da poluição destruir o mundo mesmo!

O ser humano é a única criatura inteligente o suficiente para dar um “F...-se” em si mesmo!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Genética e Opiniões

Estava eu passeando pela WEB quando encontrei este artigo, achei bem instrutivo, mas ao ver os comentários fiquei quase indignado! Como pode, alguém discutir sobre um fato tão óbvio de forma tão leviana?

Será que a política, cultura e outros fatores da formação humana são mais importantes que os fatos? Até que ponto a ciência deve se submeter a preconceitos e a ignorância das massas. Será que não é óbvia as diferenças inerentes a toda e qualquer pessoa? E por que isso é tão polêmico? A constituição americana e a brasileira também, que eu saiba, garantem que todos somos iguais, mas iguais perante a lei. Um documento não tem poder sobre a natureza ou como iremos ser, assim como existem pessoas mais altas, mais baixas, mais magras, morenas, brancas, negras, etc. Da mesma forma acredito sim, que existem diferenças genéticas no intelecto e sinceramente não vejo o motivo de tanta polêmica em torno deste fato, mais que comprovado cientificamente.

Não posso deixar de pensar o que passa na cabeça da desmiolada massa que rejeita esse ou aquele fato sem considerar por si, mas pelo que outros acreditam. Mais uma vez bato na tecla da uniformização do pensamento, do politicamente correto, que pensamento coletivo mais pobre é esse? Serão tão importantes assim essas diferenças, as pessoas pensam logo no nazismo nas idéias da superioridade germânica, o que isso tem haver com a óbvia constatação que somos, sim, diferentes! Por sermos diferentes quer dizer que não vamos nos respeitar? Quer dizer que iremos formar grupos de brancos, de pretos, de amarelos e nos destruir? Isso soa muito ridículo, será que o que nos torna iguais, não em capacidade, ou aparência, ou qualquer outro atributo que não o simples fato de sermos humanos, não é tão mais importantes do que nossas diferenças? Ser igual não é força é fraqueza!

Como humanos que somos, nos achamos grande coisa, fora da natureza, do alto da torre da tecnologia dominando todo o mundo. Pois não somos a imagem e semelhança de Deus? Um deus criado por nos mesmos! Afinal se fosse o cachorro um ser pensante, deus, para ele teria quatro patas. Esquecemos que fazemos parte do mesmo mundo animal, que todo o resto dos seres dividem conosco. Por isso, talvez tenhamos esquecido de alguns exemplos do mundo natural. Os pobres guepardos por não possuírem quase nenhuma diversidade genética estão em constante ameaça de extinção, são praticamente clones uns dos outros. E por essa igualdade, quase absoluta é que eles são fracos, por não possuírem diferenças significativas é que são tão vulneráveis a qualquer doença ou mudança do ambiente no qual vivem.

Já a nossa diversidade, sim somos diferentes tanto em cor, como tamanho, capacidade intelectual, aparência, etc. Embora eu ache que o meio em que somos criados influencia o que somos, creio que é uma influência pequena enquanto indivíduo, pois os fatores genéticos, que vejo como a influência amalgamada do ambiente, ou a influência ambiental ao longo de muitas gerações, terão relevância muito maior sobre o indivíduo. Os fatores genéticos são, sim, determinantes para o que somos como indivíduo e sim, somos diferentes e mais que qualquer coisa, essas diferenças é que nos dão força como espécie. Se fossemos como os guepardos talvez a espécie humana não fosse o que é, ou talvez já teríamos deixado de existir há muito tempo.

Igualdade, sim! Mas de direitos ou perante a lei, lei que sabemos na prática não respeita seus próprios preceitos. Igual é coisa que nunca fomos, e por que teríamos que ser? E ser dispare é tão ruim assim? Ainda bem que somos essa panacéia de diferenças, como seria chato tudo igual.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Arte, Grafite e Stop Motion

Fazia muito tempo que eu não via algo tão criativo. Um amigo do trabalho achou o site blublu, apesar do nome esquisito, tem uma bela coleção de grafites e mais que isso! Uma animação totalmente feita em stop motion com grafites! Achei o resultado fantástico, tudo bem que depois a cidade fica toda branca..., mas vale pela arte.




domingo, 18 de maio de 2008

Globalização e Minha Mãe

Noutro dia minha mãe estava falando que minha tia que mora lá pro nordeste, não sei direito onde, estava vindo passar uns dias na casa dela. Ela vinha trazendo uma “menina” para trabalhar na casa de outra tia minha. Essa “menina” que não lembro o nome veio lá dos cafundós, na verdade um lugar que embora isolado é um verdadeiro paraíso.

Pois bem, minha mãe fez um comentário que de início achei ridículo, mas que me pôs para pensar. Ela disse – fiquei surpresa, a menina come com talheres e até mexe em computador! Quando ela disse isso meus ouvidos até doeram, mas pensando um pouco melhor. Vejo, minha mãe é anterior a essa tal de globalização, na época dela as pessoas tinham pouca instrução, não no sentido formal, mas de educação mesmo. Comer com talheres é algo que fazemos tem pouco tempo, até bem pouco tempo atrás educação era passada de pai para filho. Parece muito esquisito isso, mas devemos lembrar que ha bem pouco tempo às pessoas não tinham TV, rádio e muito menos computador. E quando falo pouco tempo, não falo de cem anos não, falo de cinqüenta, quarenta, trinta anos atrás.

Hoje em qualquer barraco de tábuas tem TV e o computador já é bem popular também, hoje você não aprende a cultura da sua família, não é a escolinha que passa o conhecimento, muito mais abrangente é o poder da TV, da internet. A maldita novela das oito educa muito mais que a família, os valores de certo e errado são “globais”, mesmo quando vemos aqueles documentários do Discovery sobre os aborígines no meio da Austrália, você pode reparar que a cultura deles é influenciada e muito, pelo “global”. Basta reparar nas calças jeans que eles usam.

Minha mãe tem setenta anos, ela ainda pensa como se pensava antigamente, numa época em que não existia toda essa “modernidade” e para ela é surpreendente que alguém que vem de um lugar tão isolado, longe da “capital”, tenha a mesma educação que ela, ou eu. Ela apenas não pensa de forma “globalizada”.

Muito do que aprendemos é igual, ou uniforme no mundo todo. Não sei até que ponto isso é ruim ou bom, pois por mais que se tente não se deixar influenciar, de uma forma ou de outra esses “valores” são absorvidos por todos. Uma coisa que eu odeio, mas que cada vez mais é norma se chama: “politicamente correto”. É impressionante como quando você assiste um pouco de TV, principalmente a Globo, todo mundo tem a mesma opinião, é tudo uniforme é como se existisse uma cartilha que todos tem que seguir de certo e errado.

Adoro ser politicamente incorreto, ser uniforme é bem temeroso, como uma ditadura invisível. Ora bolas! Antigamente quando se falava algo do governo ou de um político a pessoa era presa, torturada, expulsa do país! Mas não é bem mais lucrativo simplesmente não dar ouvidos ao que é dito? Ao invés de sentar o cacete no coitado que falou algo “errado” vamos apenas ignorá-lo. Assim podemos continuar roubando e pronto, muito mais fácil.

Minha mãe é de uma época anterior à globalização, naqueles tempos as pessoas eram muito menos “uniformes” do que hoje. Tem um lado bom na globalização, é claro, mas qual será o preço? Até que ponto essa igualdade, não no sentido poético da constituição americana, mas no sentido prático, talvez não do capitalismo, pois o socialismo busca a mesma coisa apenas de forma diferente, mas até que ponto isso é bom?

Para eu tudo isso soa muito falso, prefiro não ser politicamente correto e falar besteiras aos ouvidos alheios, mas que ao menos sejam as minhas besteiras, a minha forma de pensar. Não totalmente livre da influência “global”, pois vivo neste mundo! Mas, que pelo menos, não seja tão uniforme. Ter consciência de algo é o primeiro passo, não para se libertar, mas para ver o quanto somos escravos.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Os Bons Tempos do Atari

Quem nasceu antes do anos oitenta quase certamente teve a oportunidade de jogar no bom e velho Atari. A primeira vez que joguei foi na casa do meu primo, jogamos Keystone Kapers ou simplesmente jogo do guardinha. No natal ganhei o meu, na verdade um CCE clone do Atari. Passei várias horas na frente da TV jogando este e tantos outros jogos como Enduro, River Ride, Phoenix, Megamania, Hero, etc. Lembro como era difícil juntar uma graninha durante meses para ir na Mesbla escolher uma “fita”. Não sei o motivo de chamar os cartuchos de fita, mas sempre fui purista em relação a isso e vivia corrigindo meus amigos.


Aquele monte de caixas coloridas com personagens e naves cuspindo lasers e quando chegava em casa todo afoito para colocar logo o jogo e ... decepção o jogo era uma porcaria! Nunca me esqueci do Open Sesame, diziam que era um jogo revolucionário que falava com você! Na época nem pensei duas vezes - é esse que eu quero! Que bela porcaria de jogo, era horrível em todos os sentidos, os gráficos eram super toscos até para o Atari e a tal voz que falava com o gamer era um som bizarro irreconhecível tentando dizer Open Sesame quando o trouxa chegava no final da fase.


Apesar dessa decepção guardo lembranças muito boas do bom e velho Atari, a ponto de ter um emulador dele sempre comigo no meu Palm. Bons tempos esses em que ainda era necessário fazer uso da imaginação para acreditar que aquele triângulo era a sua nave destruindo uma frota de quadradinhos.


Embora eu goste de jogos modernos, acho que o 3D tirou um pouco da graça dos jogos, um bom exemplo é o fliperama que praticamente acabou. Sobrou umas poucas máquinas disputando espaço nos botecos com os caça níqueis e nos shoppings da vida, a era do jogo 3D acabou com a graça dos campeonatos caseiros, em que a galera da rua ficava toda apinhada na casa de alguém para ver quem somava mais pontos nos jogos da disputa. Claro que quando a disputa era na minha casa eu sempre botava o Phoenix, para garantir minha vitória, a galera tinha que disputar o segundo lugar, pois o primeiro já era meu. Mas eu também tinha minha vez de perdedor, um amigo sempre colocava aquela porcaria de decathlon (olimpíadas) e eu ficava quase sempre em último. Muito ruim aquele jogo em que você ficava cansado de verdade, era praticamente um Wii primitivo ou pré-histórico mesmo, e ainda destruía o joystick.

Bons tempos.







Grande Inauguração.

Estava eu de madrugada sem nada para fazer e pensei: vou criar um blog! Simples assim! Sem muita explicação. Não sei qual motivo leva as pessoas a escreverem para o mundo se o mundo pode nem escutar, mas mesmo assim cá estou.

Na verdade minha intenção é compartilhar a vasta sabedoria que adquiri em minhas peregrinações pelos botecos da vida, como me formei em Botecologia creio que posso ensinar muita coisa e talvez até aprender algo. ;)

Como eu não podia deixar de postar algo, resolvi colocar a paisagem que vi depois da última bebedeira.