segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Haikai

Haikais são poemas japoneses com estrutura rígida, quase matemática. Escritos em três linhas, sendo a primeira com cinco sílabas a segunda com sete e a ultima também com cinco sílabas, estes poemas tradicionalmente falam da natureza e das passagens das estações. São praticamente instantâneos em forma de poesia.

Tomei conhecimento deste tipo de poesia no livro “Estética da fotografia”, pois um haikai é de fato uma forma de fotografia, mas usando a linguagem escrita como meio de suporte. Achei muito bonito, pois sua rigidez torna essa arte muito difícil e ao mesmo tempo sua simplicidade, por ser tão resumida, torna essa arte delicada ainda mais bela.

Seguem alguns links:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Haikai
http://www.insite.com.br/rodrigo/poet/o_zen_e_a_arte_do_haikai.html
http://www.sumauma.net/artigos/artigo-rosa1.html

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Herdeiros de Aristóteles

Muito do discurso moderno é na verdade o mesmo discurso técnico-científico do início da revolução industrial e muito antes da própria revolução industrial já se pensava da forma compartimentada como é sustentado até os dias atuais. Como se todo o pensamento humano sempre fosse de uma forma e não a evolução de vários pensamentos e culturas que ao longo da história humana tem se desenvolvido de formas variadas. Ao se observar que muito do que era prometido pela ciência, pelo pensamento técnico-científico, simplesmente falhou ou não se concretizou. Podemos observar as ciências humanas e sabemos, não há consenso em nenhuma área humana. Hoje isso até pode parecer “normal”, mas devemos lembrar que já existiu consenso até mesmo na política e que esse consenso só foi possível com uma maneira não compartimentada de enxergar e avaliar os problemas que se apresentavam.

Nesse contexto achei esse um livro indispensável. Meu objetivo na filosofia sempre foi o de entender a relação do homem com o trabalho. Quando comecei a ler este livro achei que ele não seria exatamente o que eu queria, mas foi uma agradável surpresa, pois ele ajudou a preencher um vazio em meu pensamento, o período medieval e a filosofia escolástica que é sempre muito mal interpretada e até subestimada. Em “Herdeiros de Aristóteles” Richard E. Rubenstein vai a fundo neste período humano, a idade das trevas e mostra que na verdade a igreja, assim como mulçumanos e judeus, teve um papel fundamental em manter o conhecimento humano e mais que isso pensar e criar em cima desse conhecimento.

Informações do livro:

Herdeiros de Aristóteles
Richard E. Rubenstein
Editora Rocco
ISBN 85-325-1871-0