quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Herdeiros de Aristóteles

Muito do discurso moderno é na verdade o mesmo discurso técnico-científico do início da revolução industrial e muito antes da própria revolução industrial já se pensava da forma compartimentada como é sustentado até os dias atuais. Como se todo o pensamento humano sempre fosse de uma forma e não a evolução de vários pensamentos e culturas que ao longo da história humana tem se desenvolvido de formas variadas. Ao se observar que muito do que era prometido pela ciência, pelo pensamento técnico-científico, simplesmente falhou ou não se concretizou. Podemos observar as ciências humanas e sabemos, não há consenso em nenhuma área humana. Hoje isso até pode parecer “normal”, mas devemos lembrar que já existiu consenso até mesmo na política e que esse consenso só foi possível com uma maneira não compartimentada de enxergar e avaliar os problemas que se apresentavam.

Nesse contexto achei esse um livro indispensável. Meu objetivo na filosofia sempre foi o de entender a relação do homem com o trabalho. Quando comecei a ler este livro achei que ele não seria exatamente o que eu queria, mas foi uma agradável surpresa, pois ele ajudou a preencher um vazio em meu pensamento, o período medieval e a filosofia escolástica que é sempre muito mal interpretada e até subestimada. Em “Herdeiros de Aristóteles” Richard E. Rubenstein vai a fundo neste período humano, a idade das trevas e mostra que na verdade a igreja, assim como mulçumanos e judeus, teve um papel fundamental em manter o conhecimento humano e mais que isso pensar e criar em cima desse conhecimento.

Informações do livro:

Herdeiros de Aristóteles
Richard E. Rubenstein
Editora Rocco
ISBN 85-325-1871-0

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